sábado, 21 de setembro de 2013

Falta de compromisso…

Todos querem se envolver, mas ninguém quer se comprometer. Todos querem levar crédito, mas não querem o trabalho.
É incrível como hoje em dia as pessoas gostam menos de compromisso. Geralmente, o desapego às obrigações se torna mais comum nesse universo em que vivemos e convivemos. Ninguém é mais engajado em atividades que tomem o tempo ou seja duradouras. E isso se reflete nas relações humanas. Estar comprometido com algo não é para qualquer um. Por quê?

Por que estar comprometido toma tempo, dá trabalho e é difícil. É necessário responsabilidade. E não só com o trabalho ou carreira, mas também ter responsabilidade com as pessoas.Certa é a frase “todos querem emprego, mas poucos querem trabalho”. Afinal, ficar é bem mais fácil que namorar: não precisa confiar muito ou compartilhar alguma coisa. Basta querer a parte .

E o pior: o que as pessoas querem? Um bom emprego, um amor pra vida, saúde pra dar e vender, isso quando não são extremamente materialistas e querem apenas dinheiro, carro, ser famoso, etc. Não importa. Para obter qualquer coisa nesta ou em outra vida é necessário comprometimento. Ninguém tem um bom emprego se não se dedicar, seja nos estudos, seja na rotina de trabalho. Ter um amor, saúde e até ser famoso exige dedicação, comprometimento. Ninguém chega nos alpes se não escalar.

E pra complicar mais ainda é que vivemos em uma sociedade que tolera o “jeitinho brasileiro”. Que acha melhor passar na prova colando do que perder tempo estudando. Que prefere ter uma paixão para cada dia da semana do que um amor pra vida inteira. Esse tipo de incoerência, ainda que incosciente, faz com que sejamos cada vez mais fáceis. Somos corrompidos por menos, temos mais novos amigos de “infância” e levamos vantagem com a perda de nossos próprios valores. Só pra lembrar, quem está a frente deste país não é outro senão um de nós.

Afinal, precisamos nos comprometer com o futuro, não só nosso mas dos outros também. “Falar que o meu destino não está ligado ao seu é o mesmo que dizer que o seu lado do navio está afundando”.

Acho que essa falta de comprometimento se resume no medo que hoje assombra as pessoas.
O medo de se tornar responsável e não conseguir dar conta, de se expor e não ser recompensado, o medo de falhar.
Falta hoje a coragem de se arriscar, de se jogar de coração em busca do que deseja e acredita independentemente se dará ou não certo.
É mais fácil pensar que dará errado, então, para que tentar?

- O não eu já tenho, então o que me custa arriscar?
Penso que o que anda faltando é a coragem para se arriscar e assumir o risco.
Chamo isto de REGRA DE COMPORTAMENTO ( Saber o que tem que fazer e faze-lo com responsabilidade ).

Pessoas perdem coisas boas por causa da falta de compromisso. Perdem oportunidades, às vezes únicas na vida, pelo simples fato de se acharem: despreparadas; novas; imaturas; melhores que o oferecido; incapazes de dar conta do recado; sem vontade mesmo; e outros tantos motivos. No fim, tudo se resume a não querer arcar com as conseqüências de uma decisão tomada.

Então, na vida, tudo que queremos fazer se resume em projetos. E projetos são compromissos. Se queremos algo, nos mudamos, nos alinhamos, nos melhoramos, a fim de que este compromisso aconteça.


É complicado entender o que nos faz fugir dos compromissos.

Todos querem se envolver, mas ninguém quer se comprometer.

Autor Desconhecido

Da importância dos movimentos populares


Os movimentos populares retornam às ruas do Brasil e pedem justiça social, melhores condições de trabalho e de emprego, direitos iguais, mostrando que a democracia se efetiva. Além disso, os movimentos trazem consigo a função de conscientizar a população de que o governo brasileiro ainda não sabe lidar com seu povo.
Seja na marcha pela liberação da maconha, nas lutas dos direitos dos homossexuais, nas reivindicações trabalhistas – sejam as dos metalúrgicos, as dos médicos, as dos bombeiros, dos professores – nas manifestações estudantis por melhores condições de educação e transporte, o direito máximo de reivindicação e de liberdade de expressão não foi respeitado. Mais do que isso, o Estado mostrou-se despreparado para o diálogo e preferiu, sempre, a violência, acreditando ser ela a melhor maneira de calar o povo brasileiro que volta às ruas.
Para aumentar ainda a problemática, costumes retrógrados de setores sociais vêm sendo incomodados pelas manifestações populares. Conquistando direitos, apontando problemas, questionando condutas, as manifestações sociais brasileiras deflagram uma casta da sociedade favorável à extrema direita, rançosa, fascista, que vem a público, lançando mão de velhos discursos, querendo convencer que calar o povo é proteger a moral e os bons costumes.
Esses setores, na figura de seus representantes públicos, acreditam que é uma conduta moral a de manter uma sociedade sectária, feita para castas e voltada para o interesse de poucos. Acham que os bons costumes são o povo apanhar e os eleitos se safarem de seus peculatos, de suas homofobias, de seus preconceitos de vária ordem e acreditam numa sociedade pouco democrática, interpretando “ordem” como a nulidade de reclamação e “democracia” como um governo feito por elites para mandar desmedidamente nas massas, seja pelo meio que for. Acreditam esses governantes que cercear a liberdade de escolha – seja ela sexual, política, religiosa e de comportamento – é a melhor maneira de governar. Para esta casta fascista, tudo o que não se enquadra, que não é possível de ser mantido por um poder vertical e dogmático, deve ser excluído do meio social.
As manifestações populares têm função importante neste processo: denunciar estes fascistas e fazer valer a lei que tanto precisa ser lembrada a todo custo: a de que o Brasil é um país livre, e a liberdade é o elemento primeiro em um estado democrático de direito e deve ser mantida a todo custo, nem que para isso seja preciso enfrentar o poder instituído.
Só com a volta dos movimentos populares, com o povo novamente nas ruas, poderemos garantir o estado democrático de direito e acabar de vez com esta casta que quer voltar aos tempos dos desmandes desmedidos, em nome de um discurso velho e ultrapassado.
Por mais que a mídia queira a todo custo convencer a sociedade brasileira que as manifestações populares são uma mostra de desestabilidade governamental, tais protestos dão ao Brasil aquilo que há muito o governo recusa: o direito popular de reivindicação, o poder democrático de cobrar das autoridades eleitas pelo voto popular que cumpram suas obrigações, governando pelo e para o povo de forma igualitária e justa, respeitando as leis deste país.
Por isso, a vitória hoje no Supremo Tribunal Federal foi a da liberdade. Por isso também o cancelamento por causa das manifestações estudantis do Fórum sobre a reforma eleitoral, que seria feito em Vitória nesta quarta-feira, com a presença do vice-presidente da República, foi uma mostra de que o Estado não sabe lidar com a democracia.
Cabe ao povo defender a liberdade. Então, é importante que fiquemos nas ruas e lutemos por nosso direito. Essa é, creio, a maior importância dos movimentos populares que aumentam em todo o Brasil e que se concentrarão na Marcha da Liberdade, dia 18. Todos representam um passo importante da democracia brasileira contra os velhos métodos de governar o país.

FONTE: http://desdequeosambaesamba.blogspot.com.br/2011/06/da-importancia-dos-movimentos-populares.html