domingo, 20 de janeiro de 2013

Paraplégico movimenta pernas após transplante pioneiro na Bahia

 Células-tronco

No tratamento são usadas células tronco mesenquimais. Policial passou nove anos na cadeira de rodas.

O transplante de célula-tronco na medula óssea realizado no último dia 14 de abril, em Salvador, traz resultados que animam os médicos. Um policial militar de 47 anos, que não quis ser identificado, paraplégico depois de um acidente e passou os últimos nove anos numa cadeira de rodas. Após se submeter ao tratamento, ele voltou a movimentar as pernas.
O policial não fazia nenhum movimento da cintura para baixo. Ele também teve melhora na musculatura que controla o fluxo de fezes e urina e não precisa mais de fraldas e outros equipamentos. A esperança de voltar a ter uma vida normal nunca foi tão grande.
“Antes eu tinha um tronco que estava vivo e pernas que não respondiam. Agora eu percebo que elas estão vivas, pertencem a mim e depende de mim para que elas acordem”, destaca.
Agora, o policial já consegue mover os joelhos para cima, uma façanha para quem tem a musculatura atrofiada pela falta de uso. Outra mostra impressionante da recuperação da força nas pernas está em um exercício, que ainda exige equilíbrio. Para a equipe de fisioterapia o mais surpreendente na recuperação do paciente é que ele está pedalando. Assista o vídeo.
(Veja: Paraplégico consegue levantar e se mover após tratamento com estímulo elétrico)
Para que o paciente fosse submetido a um transplante de células tronco, uma pesquisa foi feita durante cinco anos e, antes de ser usada em humanos, a técnica mostrou bons resultados em animais.
No tratamento, os médicos usam células tronco mesenquimais, que têm grande capacidade de se transformar em vários tipos de tecido. Elas são retiradas do osso do quadril do próprio paciente e injetadas diretamente no local onde a coluna foi atingida. A técnica pioneira foi desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz e do Hospital São Rafael, onde fica um dos mais modernos centros de terapia celular do país. Os pesquisadores estão espantados com a evolução rápida do paciente.
“Basicamente em uma semana ele já começou a ter resultados clínicos, uma melhora na sensibilidade, uma melhora na postura sentada e este paciente vem evoluindo”, observa Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião.
Mas os médicos acham cedo para dizer se ele e as outras 19 pessoas com o mesmo problema que também irão receber células tronco vão voltar a andar normalmente Ricardo Ribeiro, coordenador do programa.
“Esse paciente pode ter ainda outras melhoras e os outros podem ter melhoras maiores, ou iguais ou piores. Então, a gente tem que esperar”.
Por enquanto o policial é entusiasmado pelo primeiros resultado e faz planos. “Eu sempre gostei de praia, ir à praia, poder tomar um banho de mar sem que ninguém te carregue, né? poder ir a um estádio, que eu sempre gostei de futebol, poder jogar um futebol, ir a shopping, fazer o que eu sempre fazia”, espera.
Fonte: G1 (01/06/11)
O que são células-tronco mesenquimais?
A célula-tronco mesenquimal (MSC) é encontrada primariamente na medula óssea e no sangue de cordão umbilical.
Possui a capacidade de gerar diferentes tecidos: ossos, tendão, cartilagem, tecidos adiposo e muscular, suporte medular e células neurais, colocando-se assim em evidência para procedimentos de engenharia de tecidos e suporte ao transplante de medula óssea.
Recentemente, a Prof. Dra. Mayana Zatz, Coordenadora do Projeto Genoma, sugeriu que os Bancos Privados e Públicos estocassem o tecido do cordão também. Segundo estudo publicado pela pesquisadora, o cordão umbilical apresenta uma grande quantidade de células-tronco mesenquimais.
Após a coleta do sangue e do tecido do cordão umbilical, a célula-tronco mesenquimal é purificada por meio de técnicas de cultivo. Além disso, o Grupo Criogênesis vem estudando, incansavelmente a expansão numérica deste tipo celular.
Fonte: www.criogenesis.com.br

Minha Casa, Minha Vida tem cotas para idosos e deficientes

Pelas novas regras, fica criada uma reserva de 3% das casas para idosos e deficientes
O governo alterou as regras para seleção dos candidatos a beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. Pela nova regulamentação, publicada hoje (27) no Diário Oficial da União, ficam reservadas cotas de casas para idosos e pessoas com algum tipo de deficiência. No mínimo, 3% das casas oferecidas ficarão reservadas para idosos. O mesmo percentual fica reservado para os deficientes.
O texto publicado hoje revoga a portaria 140, publicada em 6 de abril de 2010. O texto anterior determinava que idosos e deficientes deveriam ser atendidos “segundo percentuais mínimos previstos nos normativos específicos dos programas integrantes”, mas não informava que percentual seria esse. Agora, a cota fica explicitada.
Renda mínima
O novo texto traz ainda outra novidade importante. Ele retira a exigência de que os canddiatos tenham renda bruta limitada a R$ 1.395. Agora, a condição é que o candidato já esteja inscrito em cadastros habitacionais dos estados, municípios ou do Distrito Federal. Esses cadastros locais já prevêem critérios de renda e de condição social dos candidatos.
A Caixa Econômica Federal será a responsável pela finalização do processo seletivo.

Iniciativas facilitam a vida de deficientes visuais no interior de SP

Os deficientes visuais ganham grande reconhecimento no interior de São Paulo, seja em programas educativos, programas de reabilitação e até mesmo em programas de readequação estruturais. Com esse planejamento, muitos portadores dessa deficiência encontram ajudas, desenvolvem novas habilidades e conseguem assimilar informação.

Na Universidade Sagrado Coração (USC) em Bauru, interior de São Paulo, existe um Núcleo de Informações sobre Deficiência, que disponibiliza serviços que envolvem: Unidade de Musicografia Braille (UMB), Biblioteca Virtual, Consultorias e Assessorias, Integração com outras redes nacionais e internacionais, realização de eventos, produção de material em diferentes mídias, entre outros.
O local é usado por alunos da universidade que possuem qualquer tipo de deficiência, mas também é aberto ao público em geral, que através de um valor de R$ 30 por ano, pode usar os aparelhos do local. “O local funciona como uma sala de apoio que é usada também pelos municípios da região, que direcionam para cá os alunos com necessidades especiais”, explica Claudio Corradi, que foi coordenador por mais de dez anos e hoje dá apoio as atividades desenvolvidas pelo Núcleo.
USC oferece vários serviços que possibilitam o estudo de pessoas como Claudice.  (Foto: Guilherme Martins/ G1)USC oferece serviços que possibilitam o estudo de pessoas como Claudice. (Foto: Guilherme Martins/ G1)
Segundo Corradi, o intuito é fornecer ajuda e informação, assim como ferramentas pedagógicas para que estas pessoas tenham as mesmas condições que qualquer outro aluno. Outra facilidade que o local dispõe é o serviço de monitoria. Assim que o aluno é matriculado na universidade, ele recebe o convite para trabalhar como monitor e cuidar de um aluno com necessidades especiais, ajudando na mobilidade e nas tarefas.
“Como resultado do serviço, o aluno recebe uma remuneração em forma de bolsa de estudos, que varia de acordo com o tempo disponível que o aluno realiza o serviço”, diz Corradi.
A ex-aluna Claudice Matias Oliveira Grin foi auxiliada nesta iniciativa. Ela tem deficiência visual de nascença. E com o trabalho desenvolvido pelo Núcleo conseguiu realizar seu sonho de ingressar na faculdade e se formar em psicologia. “Sempre tive o sonho de estudar, mas minha infância foi muito humilde e difícil. Lembro que meus irmãos iam à escola enquanto eu ficava memorizando as lições deles”, conta.Ela relembra o momento em que concluiu o curso e ganhou o diploma. “Tive vontade de gritar de emoção, porque eu nunca imaginei que um dia conseguiria! Graças a Deus realizei um sonho e pude dar orgulho à minha família. Todos vieram para a minha colação de grau”, conta.
Para Corradi, as pessoas com necessidades especiais só precisam de uma oportunidade. “Se eles tiverem uma chance, voam longe, porque são dedicados e comprometidos. Às vezes uma empresa fica receosa com as adaptações que são necessárias ao se contratar um deficiente, mas eles rendem mais do que se imagina”, e complementa. “Quando tratamos todos de forma igual, fazemos a análise certa”.
Atividades desenvolvidas pela ASAC em Sorocaba, SP (Foto: Divulgação)Atividades desenvolvidas pela Asac em Sorocaba
(Foto: Divulgação)
Já na região de Sorocaba, os deficientes visuais podem encontrar apoio na Associação Sorocabana de Atividades para Deficientes Visuais (Asac). A entidade beneficente, de caráter filantrópico, trabalha na habilitação e na reabilitação do deficiente visual, através de treinamentos específicos, proporcionando conhecimentos para o desempenho de diferentes tarefas.
Uma das propostas levantadas pela associação é promover cada vez mais a integração dos deficientes visuais na sociedade e do reconhecimento de seus direitos de cidadania.
A Associação possui uma equipe multidisciplinar composta de terapeuta ocupacional, Pedagoga, psicóloga, professor de praille, técnica em orientação e mobilidade psicóloga, assistente social, artesanato e informática.
De acordo com Daniely Oliveira, funcionária da entidade, os deficientes normalmente vão até o local por iniciativa própria ou por encaminhamento médico. Como requisito de controle, é feito um cadastro e depois uma triagem pelos profissionais da Associação. Nesse momento é definido em qual atividade o deficiente se encaixa. A funcionária ainda relata que as atividades são tanto individuais quanto em grupo, e que se adaptam de acordo com o grau de deficiência apresentada. A entidade trabalha com atendimentos contínuos e até dezembro de 2011 contava com 130 deficientes visuais que se beneficiavam dos 'tratamentos'.
Os 61 veículos coletivos de Jaú são adaptados ao sistema.  (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Jaú ) Os 61 veículos coletivos de Jaú são adaptados ao
sistema. (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Jaú )
Ainda na região de Bauru, outras iniciativas têm facilitado a locomoção de pessoas com deficiência visual. Em Jaú, um projeto pioneiro da Prefeitura por meio da Secretaria do Direito da Pessoa com Deficiência e Idosos, em parceria com uma empresa privada, instalou um dispositivo no transporte coletivo do município.
“O sistema é bem simples. A pessoa que tem deficiência visual ou baixa visão adquire um transmissor que tem uma tecla de navegação onde ela programa as linhas que utiliza e quando o ônibus da rota selecionada está próximo ao ponto, o motorista é avisado, por meio de ondas eletromagnéticas de baixa frequência, que tem uma pessoa com deficiência visual à espera do veículo então emite o aviso sonoro com o nome da linha, por meio de uma caixa de som acoplada ao ônibus”, explica Estevam Rogério da Silva, gerente da secretaria.
O gerente explica ainda que a cidade adquiriu 50 transmissores e atualmente 39 pessoas usam o aparelho, entre elas 37 são deficientes visuais e dois casos são de baixa visão e pessoas que não conseguem ler os letreiros dos ônibus. “Os transmissores são oferecidos gratuitamente para as pessoas de baixa renda comprovada”, completa Estevam.
Os 61 ônibus coletivos de Jaú são equipados para oferecer o serviço e de acordo com Estevam a aprovação é geral. “O sistema é muito importante para as pessoas que querem ter independência e a mobilidade garantida. Jaú foi pioneira na implantação e esse objetivo, de auxiliar na independência da pessoa com deficiência tem sido alcançado”, ressalta.
Os interessados devem procurar a Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência e Idosos com os documentos pessoais (RG e CPF), um comprovante de residência e da renda familiar (que não pode ultrapassar um salário mínimo por pessoa) e o laudo médico .
Semáforos possuem dispositivo sonoro para auxiliar as pessoas com deficiência visual.  (Foto: reprodução/TV Tem)Semáforos possuem dispositivo sonoro para auxiliar
as pessoas com deficiência visual.
(Foto: reprodução/TV Tem)
Já na cidade de Marília, a mobilidade das pessoas com deficiência visual é facilitada nas ruas do Centro por semáforos de pedestre que emitem o sinal sonoro quando termina o tempo de travessia dos pedestres e é liberada a passagem dos veículos.
De acordo com a Emdurb, autarquia responsável pelo sistema, os semáforos com o dispositivo foram instalados há 10 anos e a Prefeitura estuda formas de ampliar o serviço para outros pontos críticos da cidade. Atualmente, o semáforo funciona em três cruzamentos da Avenida Sampaio Vidal – com as ruas Prudente de Morais, 9 de julho e Dom Pedro.
“Lembrando ainda que Marilia tem o Gaoc, Grupo de Apoio e Orientação à Cidadania, e que mantém agentes permanentes nos locais com maior fluxo de pessoas e veículos, e que estes, sempre que possível, auxiliam a travessia de idosos, deficientes e crianças nos principais cruzamentos do centro”, ressalta Fernando Alves, assessor de imprensa da autarquia.
A assessoria informou ainda que Prefeitura abriu licitação para, ainda no primeiro semestre deste ano, adquirir mais 19 jogos de semáforos mais modernos, inclusive com contador regressivo e, possivelmente, os pontos com o dispositivo sonoro para deficientes visuais serão implantados em outros locais críticos.
Região Noroeste
Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a Biblioteca Pública Municipal abriga uma sala especial voltada para deficientes visuais. O local foi criado no ano de 2006, em parceria com a Fundação Dorina Nowill, que fornece um acervo de livros em braille e áudio. Atualmente, a sala conta com 372 títulos diferentes, sendo 192 impressos (braille) e 180 em áudio (MP3 e CDs).
Títulos de livros são disponibilizado em braille para visitantes em Rio Preto, SP (Foto: Divulgação / Ricardo Boni)Livros são disponibilizados em braille para visitantes em Rio Preto, SP (Foto: Divulgação / Ricardo Boni)
O acervo da biblioteca é o mesmo disponível no Instituto dos Cegos da cidade, por isso a demanda ainda é baixa, já que muitos moradores, deficientes, acabam pesquisando os títulos na instituição. O objetivo é que o espaço ganhe cada vez mais adeptos. Aos interessados em visitá-lo, a sala fica aberta à população de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h30.
Região de Itapetininga
Em Itapetininga, o Centro de Pesquisa e Reabilitação Visual (Ceprevi) atende atualmente 60 deficientes. De acordo com a presidente da entidade, Ana Maria Murosaki Marczuk, são 40 crianças e 20 adultos. No local são feitos diversos trabalhos como habilitação, reabilitação, alfabetização em Braille, aulas de canto e atividades esportivas. Os atendimentos são gratuitos e contam com terapeuta ocupacional, pedagogos, professores de educação física e de música.
Deficientes aprendem leitura em braile na região de Itapetininga, SP (Foto: Guilherme Martins/G1)Deficientes aprendem leitura em braile na região de
Itapetininga, SP (Foto: Guilherme Martins/G1)
Ana Maria se enche de orgulho para falar dos projetos desenvolvidos pela entidade, principalmente pelo coral -  “O grupo já tem shows agendados para todo o ano de 2012”.
Já no ramo esportivo, o Centro tem uma das únicas equipes de Goalball, um jogo ao estilo do futebol de salão adaptado para deficientes. “Eles representam a região em campeonatos estadual e nacional”, afirma Ana Maria
O Ceprevi também atende moradores São Miguel Arcanjo, Alambari, Capão Bonito, Paranapanema e Guareí. Os deficientes ainda encontram no local um acervo de livros em braille. “Somos um dos únicos pontos de leitura para eles na região”, ressalta Ana Maria .A entidade fica na Rua Sulpízio Colombo, 30, Jardim Colombo.

Dicas para se relacionar com deficientes visuais
A Associação de Sorocaba relatou também algumas dicas que podem ajudar no relacionamento com pessoas deficientes visuais e no modo de tratá-las. Confira:
- Ter respeito, educação e carinho;
- Não sentir pena do deficiente visual. A educação especial e a reabilitação permitem superar muitas dificuldades;
- A cegueira é uma deficiência sensorial, não é uma doença;
- Não gesticular nem apontar, pois isso não significa nada para o portador de deficiência visual. Ao indicar direções, tomar como referência a posição dele, e não a sua;
- Não pensar que os cegos têm um sexto sentido ou alguma outra compensação pela perda da visão. Eles apenas desenvolvem recursos latentes em todos nós;
- O deficiente visual não precisa adivinhar quem está falando com ele; sua memória auditiva é boa, mas é impossível se lembrar de todas as vozes. Assim é melhor identificar-se quando o encontrar e se despedir dele quando sair;
- Em ambientes desconhecidos, ou em situações novas, oferecer ao deficiente visual o maior número possível de informações, para que ele se oriente e se localize, sabendo o que está acontecendo. Evitar que ele passe momentos de tensão e desconforto;
- Os portadores de deficiência visual se interessam por tudo que interessa a você, desfrutando das coisas a seu modo;
- Um deficiente visual não é de responsabilidade exclusivamente sua, mas de toda a sociedade. E, acima de tudo, deve ser responsável por si mesmo. Não faça tudo por ele, como se fosse incapaz;
- Não é preciso dar comida na boca da pessoa com deficiência visual. Descreva os alimentos servidos, faça o prato para ela e explique onde está a comida no prato. Ela pode falhar algumas vezes, mas se arranjará sozinha.
 

Como fazer a vida dos deficientes físicos mais livre e acessível


Recentemente, os problemas que enfrentam os deficientes físicos estão sendo expostos com mais regularidade na mídia. Isso é muito positivo para conscientizar a população das dificuldades, ensiná-las a lidar com uma pessoa deficiente, mas também para chamar a atenção das autoridades competentes a fim de tomarem medidas que facilitem a vida dessas pessoas.
Nascer ou adquirir uma deficiência física faz com que o indivíduo se torne profundamente dependente de outros. Precisar da ajuda de alguém para tomar banho, escovar os dentes ou comer é algo que traz certo sentimento de angústia e humilhação. É importante lembrar que adquirir uma deficiência pode acontecer com qualquer um. As estatísticas mostram que 80% das pessoas que ficam paraplégicas têm entre 16 e 25 anos, geralmente por acidentes no trânsito causados ou não pelas pessoas que estão conduzindo. Beber e dirigir, ser imprudente, negligente pode levar a consequências muito graves, como a deficiência física. Além de colocar em risco a sua vida, você também está colocando a vida dos outros.
Segundo estimativas do IBGE, há no Brasil 28 milhões de pessoas com deficiência, uma parcela muito considerável da população que enfrenta uma vida de privações. A falta de infraestrutura na grande maioria dos estabelecimentos, como restaurantes, hotéis e cinemas, impossibita que a pessoa com deficiência frequente esses lugares, obrigando-a a mudar seu comportamento.
Locomover-se pelas ruas também é outro desafio. Nas cidades grandes é mais fácil achar ônibus adaptados e equipados, mas no interior a situação é bem mais complicada. Sabendo dessas necessidades, procuro lutar para tornar a vida desses brasileiros mais digna e acessível. Em Guariba, cidade do interior de São Paulo, consegui liberar uma verba no valor de R$ 150 mil para a aquisição de um microônibus adaptado. Com esse veículo, a locomoção dessas pessoas ficará muito mais fácil, devolvendo a elas um bem muito importante para o ser humano: a liberdade de ir e vir.
Sei que isso ainda é pouco, mas é importante que cada um faça a sua parte na inserção dessas pessoas na vida social e no mercado de trabalho. Perder a locomoção de pernas ou braços é algo muito difícil de lidar, mas cada um pode ajudar no que estiver ao seu alcance, seja fazendo doações a instituições especializadas, seja auxiliando um cadeirante a utilizar o transporte público. Como político, intercedo junto aos órgãos competentes para que, mesmo com esses entraves, os deficientes físicos possam viver uma vida com mais dignidade.
Recentemente, os problemas que enfrentam os deficientes físicos estão sendo expostos com mais regularidade na mídia. Isso é muito positivo para conscientizar a população das dificuldades, ensiná-las a lidar com uma pessoa deficiente, mas também para chamar a atenção das autoridades competentes a fim de tomarem medidas que facilitem a vida dessas pessoas.
Nascer ou adquirir uma deficiência física faz com que o indivíduo se torne profundamente dependente de outros. Precisar da ajuda de alguém para tomar banho, escovar os dentes ou comer é algo que traz certo sentimento de angústia e falta de liberdade. É importante lembrar que adquirir uma deficiência pode acontecer com qualquer um. As estatísticas mostram que 80% das pessoas que ficam paraplégicas têm entre 16 e 25 anos, geralmente por acidentes no trânsito causados ou não pelas pessoas que estão conduzindo. Beber e dirigir, ser imprudente, negligente pode levar a consequências muito graves, como a deficiência física. Além de colocar em risco a sua vida, você também está colocando a vida dos outros.
Segundo estimativas do IBGE, há no Brasil 28 milhões de pessoas com deficiência, uma parcela muito considerável da população que enfrenta uma vida de privações. A falta de infraestrutura na grande maioria dos estabelecimentos, como restaurantes, hotéis e cinemas, impossibita que a pessoa com deficiência frequente esses lugares, obrigando-a a mudar seu comportamento.
Locomover-se pelas ruas também é outro desafio. Nas cidades grandes é mais fácil achar ônibus adaptados e equipados, mas no interior a situação é bem mais complicada. Sabendo dessas necessidades, procuro lutar para tornar a vida desses brasileiros mais digna e acessível. Em Guariba, cidade do interior de São Paulo, consegui liberar uma verba no valor de R$ 150 mil para a aquisição de um microônibus adaptado. Com esse veículo, a locomoção dessas pessoas ficará muito mais fácil, devolvendo a elas um bem muito importante para o ser humano: a liberdade de ir e vir.
Sei que isso ainda é pouco, mas é importante que cada um faça a sua parte na inserção dessas pessoas na vida social e no mercado de trabalho. Perder a locomoção de pernas ou braços é algo muito difícil de lidar, mas cada um pode ajudar no que estiver ao seu alcance, seja fazendo doações a instituições especializadas, seja auxiliando um cadeirante a utilizar o transporte público. Como político, intercedo junto aos órgãos competentes para que, mesmo com esses entraves, os deficientes físicos possam viver uma vida com mais dignidade

A importância da prática esportiva para pessoas com deficiência

Ganhos em confiança e na autoestima são só alguns dos benefícios promovidos pelo esporte. Conheça outras vantagens das atividades físicas e as dicas de profissionais da área.
egração Esportiva do Deficiente Físico...
Daniel Limas, da reportagem do Vida Mais Livre
 
Dizer que a prática de esportes é muito importante para as pessoas de todas as idades é chover no molhado. Já está mais que comprovado que praticar esportes com regularidade traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental dos praticantes, além de melhorar a qualidade de vida. Para as pessoas com deficiência, praticar esportes pode representar muito mais que saúde.
 
São vários os aspectos positivos. O esporte melhora a condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor. No aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de sociabilização entre pessoas com e sem deficiências, além de torná-lo mais independente no seu dia a dia. Isso sem levar em conta a percepção que a sociedade passa a ter das pessoas com deficiência, acreditando nas suas inúmeras potencialidades.
 
No aspecto psicológico, o esporte melhora a autoconfiança e a autoestima, tornando-as mais otimistas e seguras para alcançarem seus objetivos. “O esporte é muito importante para o sentimento de que tudo é possível dentro das minhas limitações e adaptações para execução daquilo que desejo fazer ou praticar”, explica Ademir Cruz de Almeida, presidente da ABDF (Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Físicos) e da WAFFSite externo. (World Amputee Football Federation).
 
Patrícia Camacho (na foto acima), coordenadora de projetos da Ciedef Site externo.(Associação para a Integração Esportiva do Deficiente Físico), é da mesma opinião. “Além dos ganhos físicos, a prática esportiva é uma forma de interação social, de ultrapassar limites e consequente melhora da autoestima e posicionamento da pessoa com deficiência na sociedade.”
 
Foi um pouco do que aconteceu com Ademir, que pratica esporte há 22 anos. “Além de melhorar a autoestima e a confiança em nós mesmos, o esporte traz o sentimento muito favorável de que podemos realizar muitas coisas.”
 
Jogadores de futebol para amputados comemoram vitóriaO presidente da ABDF conta também que já praticou natação, voleibol sentado, atletismo e, atualmente, se dedica ao futebol para amputados, que ainda não é uma modalidade paraolímpica, mas é uma prática em que o Brasil se destaca e é tetra-campeão. Sua relação com o esporte começou com um convite de um preparador físico que o estimulou a nadar. Chegou a praticar as atividades junto com pessoas sem deficiência e posteriormente resolver se dedicar ao paradesporto.
 
“Hoje, sonho que o futebol para amputados se torne paraolímpico um dia. Essa modalidade já me proporcionou vários momentos inesquecíveis na minha vida e oportunidades de crescimento cultural, social, político etc. Tudo o que tenho hoje foi graças ao paradesporto”, orgulha-se.
 
Esporte para todos?
 
Todas as práticas esportivas devem ter um acompanhamento médico. Essa é uma regra que vale para qualquer pessoa. Caso a pessoa tenha, por exemplo, alguma doença ou limitação cardíaca, respiratória ou circulatória, é fundamental que um médico avalie os riscos da prática esportiva. “É fundamental ter condições físico-motoras para desenvolver a atividade escolhida e estar sob orientação de um profissional especializado”, explica Patrícia.
 
Ademir também sugere que o interessado escolha, de acordo com as suas limitações, a atividade física que melhor pode ser desempenhada. Após estas etapas, é importante procurar os clubes, associações e academias que trabalham com a modalidade pretendida.
 
Modalidades
 
São vários os esportes praticados em todo o mundo e novidades sempre surgem nessa área. No Brasil, as mais comuns são: Natação, Atletismo, Basquete em cadeiras de roda, Voleibol sentados, Futebol de cinco, Futebol de Paralisados Cerebrais, Tênis, Tênis de mesa e Bocha. “Todos os esportes têm uma série de adaptações e regras específicas. Além disso, existem dentro das mesmas modalidades classificações funcionais, para dar condição de igualdade e competitividade”, explica Ademir.
 
Esportes mais comuns por tipo de deficiência:
 
Pessoas com deficiência visual: atletismo, ciclismo, futebol, judô, natação, goalball, hipismo, halterofilismo e esportes de inverno.
 
Pessoas com deficiência auditiva: atletismo, basquetebol, ciclismo, futebol, handebol, natação, vôlei, natação, e muitas outras (quase as mesmas das pessoas sem deficiência, pois não existem grandes limitações dos deficientes auditivos).
 
Pessoas com deficiência física: atletismo, arco e flecha, basquetebol em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol para amputados e paralisados cerebrais, halterofilismo, hipismo, iatismo, natação, rugby, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, voleibol sentado e para amputados e modalidades de inverno.

Alguns dados do IBGE sobre a deficiência no Brasil

Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência (21 de setembro), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), recebem no Rio de Janeiro representantes dos institutos de estatísticas e organizações internacionais de mais de 40 países, que participarão de dois encontros internacionais - 2º Seminário Regional do Grupo de Washington e 5º Encontro Anual do Grupo de Washington - com o objetivo de discutir a produção das estatísticas sobre pessoas portadoras de deficiência.
O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, participará, na segunda-feira, dia 19, às 9h30, da abertura do 2º Seminário Regional do Grupo de Washington (19 e 20 de setembro), no Othon Palace Hotel, em Copacabana, ao lado da coordenadora-geral da CORDE, Izabel Maior, da diretora do Centro Nacional de Estatísticas sobre Saúde, Jennifer Madans, e da representante do IBGE no Grupo de Washington, Alicia Bercovich. Nos dias 21 a 23 de setembro, IBGE e CORDE recebem, no mesmo local, o 5º Encontro Anual do Grupo de Washington. Em pauta nos encontros, a produção e harmonização das estatísticas sobre as pessoas portadoras de deficiência.
Estes encontros são anuais e se realizam de preferência em distintas regiões do mundo. O primeiro foi em Washington (EUA, 2001), o segundo em Ottawa (Canadá, 2002), o terceiro em Bruxelas (Bélgica, 2003), o quarto em Bangkok (Tailândia, 2004), e agora o quinto no Rio de Janeiro (Brasil, 2005). Além da reunião anual em 2005, o Washington Group on Disability Statistics (WG) realizou sua primeira reunião regional em junho de 2005 em Nairobi (Kenya).
No Brasil, 14,5% da população são pessoas portadoras de deficiência
Os resultados do Censo 2000 mostram que, aproximadamente, 24,6 milhões de pessoas, ou 14,5% da população total, apresentaram algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com ao menos alguma dificuldade de enxergar, ouvir, locomover-se ou alguma deficiência física ou mental.
Entre 16,6 milhões de pessoas com algum grau de deficiência visual, quase 150 mil se declararam cegos. Já entre os 5,7 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência auditiva, um pouco menos de 170 mil se declararam surdos.
É importante destacar que a proporção de pessoas portadoras de deficiência aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. A medida que a estrutura da população está mais envelhecida, a proporção de pessoas com deficiência aumenta, surgindo um novo elenco de demandas para atender as necessidades específicas deste grupo.
Os dados do Censo 2000 mostram, também, que os homens predominam no caso de deficiência mental, física (especialmente no caso de falta de membro ou parte dele) e auditiva. O resultado é compatível com o tipo de atividade desenvolvida pelos homens e com o risco de acidentes de diversas causas. Já a predominância das mulheres com dificuldades motoras (incapacidade de caminhar ou subir escadas) ou visuais é coerente com a composição por sexo da população idosa, com o predomínio de mulheres a partir dos 60 anos.
O conceito ampliado utilizado no Censo 2000 para caracterizar as pessoas com deficiência, que inclui diversos graus de severidade na capacidade de enxergar, ouvir e locomover-se, é compatível com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), divulgada em 2001 pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Aproximadamente 9 milhões de pessoas portadoras de deficiência estão trabalhando
Quando se trata da inserção de pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho, verifica-se uma proporção de pessoas ocupadas menor neste grupo que no das pessoas sem nenhuma das deficiências investigadas. Das 65,6 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade que compõem a população ocupada no País, 9 milhões são portadoras de alguma das deficiências pesquisadas.
A taxa de escolarização das crianças de 7 a 14 anos de idade, portadoras de deficiência é de 88,6%, portanto seis pontos percentuais abaixo da taxa de escolarização do total de crianças nesta faixa etária que é de 94,5%.
Em relação à instrução, as diferenças são marcantes: 32,9% da população sem instrução ou com menos de três anos de estudo é portadora de deficiência. As proporções de portadores de deficiência caem quando aumenta o nível de instrução, chegando a 10% de portadores de deficiência entre as pessoas com mais de 11 anos de estudo.
A proporção de pessoas ocupadas de 10 anos ou mais de idade é de 51,8% para os homens portadores de deficiência e de 63,0% para os homens que declararam não possuir nenhuma das deficiências investigadas, ou seja, uma diferença maior que 10%. Diferença semelhante é observada entre as mulheres: a proporção de ocupadas varia entre 27% e 37%. O tipo de deficiência que dificulta mais a inserção no mercado de trabalho é a deficiência mental: somente 19,3% das pessoas que declararam apresentar deficiência mental permanente estão ocupadas. As outras incapacidades permitem uma inserção maior no mercado de trabalho: incapacidade física ou motora (24,1%), dificuldade na audição (34,0%) e dificuldade para enxergar (40,8%). Para quem não apresenta nenhuma destas deficiências, a proporção de pessoas ocupadas sobe para 49,9%.
Outras informações sobre os encontros anteriores do Grupo de Washington podem ser obtidas no site http://www.cdc.gov/nchs/citygroup.htm
O encontro será no Othon Palace Hotel - Avenida Atlântica, nº 3.264 - Copacabana - RJ
Comunicação Social
16 de setembro de 2005

sábado, 19 de janeiro de 2013

História de Superação: Minha vida é um filme de Hollywood

ostado por: Data: junho 19, 2012 em: Superação | Comentários : 1
5
Francisco Leniere Ferreira da SilvaCaro leitor,
Conheça a história de superação de Francisco Leniere Ferreira da Silva, 27 anos, da cidade de São Paulo Do Potengi, Rio Grande do Norte. Francisco tem má formação congênita.
“Em 27/10/1984, nasce em uma maternidade em natal um jovem chamado Francisco Leniere Ferreira da Silva, isto é, eu mesmo. No começo muita dificuldade, pois uma infância difícil devido minha deficiência física que consequentemente trouxe uma grande dificuldade de locomoção.
Nos primeiros (cinco)5 anos foram de “via sacra”, em postos de saúde e nos hospitais fazendo tratamentos pesados. Quando cheguei aos (cinco) 5 anos tive uma pequena frustação, isso porque recebi a informação que meus nervos não responderam as expectativas dos médicos com isso não pude fazer a tão sonhada operação. Então, comecei minha vida, outra grande barreira que tive de superar foi meu pai que não queria que eu estudasse para que meus colegas de escola não batessem em mim, queria apenas que eu conseguisse um beneficio do INSS e pronto, porém, minha mãe não pensou duas vezes o contrariando me matriculou em uma escola aqui do interior.
No primeiro momento achei que meu pai tinha razão, pois lá conheci o primeiro preconceito um “coleguinha” que só falava em bater em mim, na verdade ele tinha medo pois como era uma criança achava que eu ia pega-lo (risos), entretanto, tomei minha primeira e difícil decisão, depois de vários dias de “chateação” chegando em casa falei pra minha mãe, então ela logo foi lá saber o que estava acontecendo, chegando lá as professoras a acalmaram e tomaram as devidas providências, depois ele se tornou em um amigo e companheiro, falo de “bolão”.
Primeira dificuldade superada tive, uma infância “normal” como toda e qualquer criança brinquei, joguei bola, fui a escola, namorei e fiz tantas outras coisas.
Na adolescência, na adolescência outro “baqui” isso porque aos quatorze anos perdi meu pai vítima de um CA (leucemia). Então comecei a perguntar, meditar e pensar mais no meu futuro com as seguintes indagações; como será a parti de hoje sem um apoio paterno? Será que vou continuar na minha vida acadêmica? E minha vida sentimental será bem sucedida? Dentre tantas outras dúvidas. Namorar? Nunca foi minha preocupação de primeiro grau não sou muito preocupado com isso e quando falei na adolescência a primeira menina pra namorar sério ela me indagou dizendo: Leniere, você é feio e aleijado não quero namorar você. Então namoro é assim o que tiver de acontecer, acontecerá no tempo certo. Em 2003, terminei meu nível médio e em 2004, tive minha primeira oportunidade de trabalho aqui mesmo no interior trabalhei um ano numa auto escola. Um ano depois quando fiquei desempregado veio muitos receios, isso porque não iria mais continuar minha vida estudando, consequentemente meus sonhos e realizações poderiam ser “abortados” não só pela falta de recursos para pagar uma faculdade mais também porque não tinha veículos para levar e trazer os estudantes universitários de natal para o interior.
Depois de enfrentar várias dificuldades não fui covarde, logo tive a coragem de “enfrentar” de frente o prefeito municipal, depois de várias desavenças não conseguimos o tão sonhado veiculo mais ainda conseguimos uma pequena ajuda que serve não só pra mim mais para mais 80 alunos que assim como eu saem todos os dias de são Paulo do Potengi para natal esperando e sonhando de que dias melhores virão.
A um ano e meio, comecei o curso CST em Gestão Pública, digo meu primeiro curso superior, porque ainda quero fazer o curso de direito, isto é, se ainda tiver tempo e dinheiro.
Na faculdade, graças a DEUS fui muito bem recebido não só pelos meus colegas de classe como também pelos professores, coordenação e a instituição em geral”.
Como um sonhador qualquer espero um dia trabalhar bem muito e poder ajudar meu próximo não só com meu conhecimento acadêmico mais também com minha experiência de vida onde sonhos foram realizados e batalhas estão sendo vencidas.
Francisco Leniere Ferreira da Silva

Sociedade Deficiente - Forma de Expressão

Eu necessito obter resposta para o mundo
Felicidade escondida, atrás dos muros
Desigualdade, social é casa simples
Pessoas pobres e humildes, mais são felizes
Que tem o dom de viver e vai sobrevivendo
Lutando a cada dia com o tal destino
Com o salário de aposentado que ganha do governo
Sempre com olhos com lágrimas, mais sempre estão sorrindo
Necessidade de trabalho para todos
Mais infelizmente é chamado de deficiente
Só porque está trancado em uma cadeira de rodas
O seu esforço inútil, a sociedade fecha as portas
Prioridade máxima aos que são qualificados
Pessoas deficientes que tem talento são rejeitadas
Lidar com essas pessoas exige de nós cooperação
Contra atacam pessoas normais, e não colocaram indignção
Morto, vivo ou morto, filho afetado, disturbio mental
Encantos e desencantos se é manicômio é morte natural
Quem é que nunca ouviu falar ''la vai o alejado''
Ou ''esse cara é louco, é deficiente ou está drogado''
Manifesto minha discordância no adjetivo deficiente
Aqui nessa porra de mundo ninguém é melhor, ninguém é diferente
Deus fez todos iguais, do assassino até o bom filho
Aí parceiro pra entrar no céu é só um caminho
Refrão:
Eu necessito obter resposta
A sociedade me virou as costas
Só porquê eu sou deficiente
Uma pessoa simples
Te quebro nas idéias
Nunca me substime

Minhas propostas eu espero que chegue em minhas mãos
Influências, exigências, direitos sangue bom
Meu futuro aprimorar e exercitar a minha mente
O testemunho de uma mãe comove muita gente
Dizendo que perdeu seu filho muito cedo
Paralisía cerebral, o pobre sofre não tem jeito
As próprias pessoas que te amam em sua volta
Te tratam com carinho mais no fundo tem revolta
Ao ver o seu esforço para sobreviver
Em uma cadeira de rodas, lutando pra não morrer
O governo não te ajuda constituição falida
Montados e armados em cima de propína
Político e bandido, ladrão engravatado
Você é o menosprezo da raça humana seu otário
Vocábulário lindo para os noticiários
Providências expressivas você diz que foi tomada
A mídia te ajuda te dá maior apoio
Discurso bonitinho para enganar meu povo
Sou pelas criânças, nos becos e nas viélas
Caia na real venha morar aqui na favela
Paralisía infantil, pneumonia ou miningite
Sistema único de saúde o pobre morre até de gripe
Eu quero ser o último a sentir essa revolta
E é por isso que eu te digo eu necessito ter resposta

Refrão :
Eu necessito obter resposta
A sociedade me virou as costas
Só porquê eu sou deficiente
Uma pessoa simples
Te quebro nas idéias
Nunca me substime

Deus muito obrigado por um dia após o outro
Desde o adormecer amanhecer um dia novo
Estou trancado, limitado mais eu tenho felicidade
Eu agradeço pelo dom de mostrar realidade
Dizer que aprendí pelas mágoas que guardei
Dizer o que eu sou e mostrar tudo que sei
Escasso, seguro, o meu mundo me critíca
Sociedade deficiente, sou da periferia
Não fujo do sistema porquê não tenho motivo
Espero que ele trema, ao mexer comigo
Sou deficiente mais não na mente, posso pensar
Lucifer te carrega, mais gabriel vai te salvar
Mais um deficiente, multi resistente
Que foi abandonado, até pelos parentes
Desaparecido, foragido de casa
O seu quadro é agravado, seu futuro é uma vala
É o menino sózinho, perdido no mundo, não pode caminhar
Sentou no banco olhou pra lua e começou a chorar
Pensando na mãe e no pai, e até nos parentes
Se sentindo culpado, por ser um deficiente
Mais não se sinta culpado, por ter nascido assim
Você é igual a todos, você é igual a mim
Aqueles que te humilham um dia vão pedir perdão
Vão chegar até você e apertar a tua mão
Pedindo mil desculpas, cabisbaixo, diferente
Dizendo que o filho dele também nasceu deficiente
Mais veja que irônia, a lei divína é uma só
Pagou com a mesma moeda, o destino é cruél e não teve dó
Sábemos que aqui se faz aqui se paga, essa é a regra
E tudo que você plantar, você vai colher na época certa
Só falta você escolher, plantar o bem ou plantar o mal
Faça a escolha certa você é um ser, você é racional

Refrão :
Eu necessito obter resposta
A sociedade me virou as costas
Só porquê eu sou deficiente
Uma pessoa simples
Te quebro nas idéias
Nunca me substime
Não siga a sua mente, mais sim seu coração
Seja um ser diferente, não vá pela intuição
Seja obstinado, sincero em suas palavras
O ódre que se preza, respeita a todos e não deixa falha
Não queira ser um hell primário sob irônia do destino
Não deixe que a discriminação ataque você, nem o racismo
Só se você quiser ser um ser eficiente visual
Para não enxergar, tudo que está ao seu redor
Então luz e mais luz e mais luz que entre em sua vida
Que te arranque da solidão e te traga para cima
Para que tudo que foi dito aqui não seja só um sonho
Modifique sua mente, que abra seus olhos
Estou com uma bandeja e o pêmio é uma cabeça
Sociedade dos engravatados, não mexam comigo se você não aguemta
Graças ao meu deus eu consegui obter resposta
E pra vc sociedade só nos resta virar as costas
Refrão :
Eu necessito obter resposta
A sociedade me virou as costas
Só porquê eu sou deficiente
Uma pessoa simples
Te quebro nas idéias
Nunca me substime...

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