domingo, 16 de novembro de 2014

Dropando a vida - conheça a história de Ítalo Romano

Por Aline Croce, em parceria com a Kanui

Ele tornou-se campeão paranaense amador em 2011 e faz manobras no skate que deixam qualquer um boquiaberto. Enfrentou a temida megarampa de 27 metros, depois de ser desafiado por Luciano Huck, e continua inspirando skatistas e pessoas do mundo todo com sua competência nos mais diferentes terrenos. A história por si só já inspira, agora acrescente um pequeno detalhe: Ítalo Romano não tem as duas pernas.
Há dez anos, viajou para acampar com amigos e, quando pegava “carona” na rabeira de um trem, perdeu o equílibrio e caiu. As duas pernas foram dilaceradas, não sobrando alternativa a não ser amputá-las. Para muitos essa tragédia poderia ser o fim, mas para esse jovem skatista foi o início de uma nova fase. Lendo uma matéria sobre skate, Ítalo descobriu o ícone Og de Souza, profissional do skate sem pernas, e foi a inspiração que faltava. Trocou a cadeira de rodas por shapes e optou por uma vida em cima de quatro rodinhas.
Ítalo Romano é o primeiro skatista sem pernas a saltar uma megarrampa.
Ítalo Romano é o primeiro skatista sem pernas a saltar uma megarrampa.
Ítalo Romano é o primeiro skatista sem pernas a saltar uma megarrampa.
Com muito treino e dedicação passou a competir e, em 2011, conquistou o campeonato Paranaense de skate disputando com skatistas que não tinham deficiência. A admiração pelo garoto começou a aumentar, virou o orgulho do seu bairro e recebeu até uma homenagem dos vizinhos, um retrato desenhado em uma rampa próxima a sua casa.
A história não termina por aqui, Ítalo foi pauta de uma matéria no programa Esporte Espetacular que despertou o interesse do apresentador Luciano Hulk. E, durante o programa Caldeirão Hulk, o jovem foi desafiado a dropar nada menos que a Megarampa, um dos maiores desafios para os skatistas.
O palco foi a estrutura montada na casa do skatista Bob Burnquist, em Dreamland, na Califórnia, e o resto do espetáculo foi por conta de Ítalo. Determinado e cheio de paixão Ítalo encarou os 27 metros de altura que assustam muitos profissionais do skate.
Após quatro tentativas e uma emocionante performance o brasileiro voou longe e foi primeiro skatista sem pernas a dropar a Megarampa, servindo de exemplo para muitos atletas e deficientes físicos. O curitibano de 21 anos se destaca na cena do skate não apenas por suas manobras, mas também por sua trajetória de superação e garra. Leia mais sobre skatistas deficientes.


OBS DO AUTOR DO BLOG: eu já vi esse cara andar de skate na minha própria cidade e tive a oportunidade de tirar uma foto com ele!
muito gente boa o cara!


FONTE: https://catracalivre.com.br/geral/esporte/indicacao/dropando-a-vida-conheca-a-historia-de-italo-romano/

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O que é deficiência múltipla?

A deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente - sejam deficiências intelectuais, físicas ou ambas combinadas. Não existem estudos que comprovem quais são as mais recorrentes.
As causas podem ser pré-natais, por má-formação congênita e por infecções virais como rubéola ou doenças sexualmente transmissíveis, que também podem causar deficiência múltipla em indivíduos adultos, se não tratadas.
Segundo a Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Surdo-cegos e dos Múltiplos Deficientes Sensoriais (Abrapacem), o modo como cada deficiência afetará o aprendizado de tarefas simples e o desenvolvimento da comunicação do indivíduo varia de acordo com o grau de comprometimento propiciado pelas deficiências, associado aos estímulos que essa pessoa vai receber ao longo da vida.
Como lidar com a deficiência múltipla na escola?
De acordo com a psicopedagoga especialista em Educação Inclusiva, Daniela Alonso, a orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, dependendo dos tipos e do grau de comprometimento do aluno. "Mais do que a somatória de deficiências, é preciso levar em conta que há consequências nos diversos aspectos do desenvolvimento da criança que influenciam diretamente a sua maneira de conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas", diz.
Ela aponta que é preciso ficar atento às competências do aluno com deficiência múltipla, usando estimulação sensorial e buscando formas variadas de comunicação, para identificar a maneira mais favorável de interagir com o aluno.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/deficiencia-multipla-inclusao-636396.shtml